Dr. Ronaldo Laranjeira, em debate no programa "Entre Aspas" da Globo News:
Diante de tal afirmação viemos, por meio deste, através do nosso direito de resposta, questionar os critérios e métodos que estão sendo utilizados nas pesquisas e experiências que relacionam o consumo da Cannabis ao aparecimento ou intensificação de psicose nos usuários.
Não pretendemos levar em conta a predisposição, já que esse fator de certa forma foge do raciocínio de que a causa vem da substancia; ou seja, as pesquisas não consideram fatores genéticos, comportamentais (traumáticos) e o consumo de outras substancias licitas e ilicitas (alcool, nicotina, cafeina etc). Isso pode ser entendido como uma falha, intencional ou não, vamos dar continuidade na mesma falha propositalmente.
Direcionando o foco no uso, o questionamento vem pra elucidar em que condições essa experiência nos trouxe os dados atuais divulgados na imprensa. Esses usuários que participaram da pesquisa estavam consumindo de que forma a substancia? Ela era fumada, inalada, ingerida etc.? E uma segunda questão mais relevante: qual era a procedência da Cannabis utilizada na experiência? Qual era a variação da espécie: Sativa, Indica? A planta foi colhida em que estágio do crescimento? Foram utilizadas as folhas, os galhos, as flores? Qual o gênero da planta, macho ou fêmea? A planta passou pelo processo de cura?
Sintetizando o parágrafo anterior: os grupos que participaram dessa pesquisa estavam fumando Cannabis do mercado negro? Prensada, colhida prematuramente, sem qualquer cuidado com a conservação e o transporte.
Precisamos estar a par de cada detalhe da pesquisa que é de extrema importância para a sociedade brasileira que esta assustada com os resultados desse estudo.
Não pretendemos levar em conta a predisposição, já que esse fator de certa forma foge do raciocínio de que a causa vem da substancia; ou seja, as pesquisas não consideram fatores genéticos, comportamentais (traumáticos) e o consumo de outras substancias licitas e ilicitas (alcool, nicotina, cafeina etc). Isso pode ser entendido como uma falha, intencional ou não, vamos dar continuidade na mesma falha propositalmente.
Direcionando o foco no uso, o questionamento vem pra elucidar em que condições essa experiência nos trouxe os dados atuais divulgados na imprensa. Esses usuários que participaram da pesquisa estavam consumindo de que forma a substancia? Ela era fumada, inalada, ingerida etc.? E uma segunda questão mais relevante: qual era a procedência da Cannabis utilizada na experiência? Qual era a variação da espécie: Sativa, Indica? A planta foi colhida em que estágio do crescimento? Foram utilizadas as folhas, os galhos, as flores? Qual o gênero da planta, macho ou fêmea? A planta passou pelo processo de cura?
Sintetizando o parágrafo anterior: os grupos que participaram dessa pesquisa estavam fumando Cannabis do mercado negro? Prensada, colhida prematuramente, sem qualquer cuidado com a conservação e o transporte.
Precisamos estar a par de cada detalhe da pesquisa que é de extrema importância para a sociedade brasileira que esta assustada com os resultados desse estudo.
Podemos considerar válidos os resultados das pesquisas do Dr. Laranjeira e outros profissionais da área? A não ser que eles esclareçam essas lacunas, as pesquisas realizadas por esses profissionais só reforçam o argumento de que o que faz mal não é a substancia em si e sim sua proibição: traficantes visam o lucro e aproveitam da falta de controle da qualidade.
Tal afirmação foi feita no debate quando levantou-se os potenciais danos que a maconha poderia causar caso fosse legalizada. É importante ressaltar que de acordo com Renato Malcher Neurocientista professor da Unb em debate realizado pela Folha de SP (http://vai.la/1vSH) existem 2 componentes principais na farmacologia da maconha que são THC e o CBD.
Tal afirmação foi feita no debate quando levantou-se os potenciais danos que a maconha poderia causar caso fosse legalizada. É importante ressaltar que de acordo com Renato Malcher Neurocientista professor da Unb em debate realizado pela Folha de SP (http://vai.la/1vSH) existem 2 componentes principais na farmacologia da maconha que são THC e o CBD.
Renato Malcher afirma que o THC pode ser considerado uma das substâncias que pode propiciar a manifestação de surtos psicóticos em indivíduos que já tenham essa predisposição. Porém, o CBD possui efeito exatamente contrário agindo no organismo humano como anti-psicótico. Nesse cenário é importante ressaltar que uma vez que a droga está proibida é impossível ter um controle sobre a farmacologia dessa substância, pois, o mercado negro não tem nenhum comprometimento com a qualidade do produto e com certificados de garantias de controle de produção, com isso, muitos usuários de Cannabis que podem ter predisposição para sofrerem um surto psicótico poderiam diminuir esse risco através do consumo de maconha com maiores níveis de CBD do que de THC.
Com a legalização da maconha haveria a possibilidade de fornecer aos usuários uma substância com níveis estabelecidos de THC e CBD como forma de diminuir possíveis transtornos psiquiátricos que os usuários possam vir a desenvolver. Assim como hoje em dia são vendidos bebidas que possuem diferentes porcentagens de álcool, como a vodka e a cerveja, com a legalização da maconha haveria a possibilidade de regulamentar os níveis de cannabinóides de forma a não causar maiores problemas aos seus usuários. APENAS com a legalização é possível fornecer saúde de qualidade e preventiva aos usuários de Cannabis Sativa.
Com a legalização da maconha haveria a possibilidade de fornecer aos usuários uma substância com níveis estabelecidos de THC e CBD como forma de diminuir possíveis transtornos psiquiátricos que os usuários possam vir a desenvolver. Assim como hoje em dia são vendidos bebidas que possuem diferentes porcentagens de álcool, como a vodka e a cerveja, com a legalização da maconha haveria a possibilidade de regulamentar os níveis de cannabinóides de forma a não causar maiores problemas aos seus usuários. APENAS com a legalização é possível fornecer saúde de qualidade e preventiva aos usuários de Cannabis Sativa.
16 comentários:
ótimo texto \o/
Esse Dr. Laranjeiras é uma verdadeira fábrica de factóides
Acho que a única pesquisa que ele fez na vida foi no ginásio, sobre Barbie e Falcon, talvez. Maconha ele nunca viu na vida.
Cara, tá boa a proposta, mas considerando que existem MUITAS variedades que mal possuem CBD, o texto fala, fala e no fim não desmente o Laranjeiras.
Apenas com a legalização seria possível fornecer a Cannabis adequada para os usuários que possam vir a desenvolver surtos psicóticos.
Não estamos negando os dados dele, apenas estamos demonstrando que a com a proibição o fato da Cannabis poder manifestar Psicose em alguns usuários apenas aumenta esse risco. Em um mercado regulado usuários que tenham esse tipo de problema apenas usariam genéticas que tem maiores níveis de CBD, conhecido por suas características anti-psicóticas
Hoje em dia com a proibição não existe nenhum tipo de controle de qualidade como existe com o álcool, ou seja, os problemas se acentuam.
É apenas uma abordagem diferente. Vamos deixar os usuários que possam desenvolver algum surto psicótico a deriva ou vamos fornecer saúde e o medicamento correto ao usuário que utiliza Cannabis?
Ao nosso ver é a melhor forma de lidar com o problema, a proibição apenas aumenta os problemas relacionados a saúde deixando os usuários totalmente a deriva sem fornecer nenhuma assistência médica.
Obrigado por comentar! Sinta-se sempre a vontade para dar sua opinião!
Pra vc ai de cima q n entendeu.
"com a legalização da maconha haveria a possibilidade de regulamentar os níveis de cannabinóides de forma a não causar maiores problemas aos seus usuários."
Laranjeira = Farsa
"...podendo EXACERBAR surtos psicóticos..." Outra opinião. Do presidente da Fiocruz.
http://www.abead.com.br/midia/exibMidia/?midia=7546
Sou o anônimo que segundo o pedro, não entendeu.
Também discordo do Dr. Laranjeiras, o que quero dizer é que o foco da argumentação não é esse – ao menos se quisermos que essa mensagem chegue mais longe.
Não quero fugir do ponto: acho que a argumentação que vocês usaram aí tende a ficar repetitiva, porque vale pra tudo que ele diz. A gente sabe que a maioria dos argumentos "anti-maconha" são na verdade "anti-consequências da proibição". Acho que o tópico da psicose merece um texto mais aprofundado, falando com especialistas que possam, inclusive, desmistificar esse argumento.
Você só sabe do surto psicótico depois que ele ocorreu. O que é preciso atacar é o fato: quantos desses 10% que desenvolvem psicose e usam maconha teriam o mesmo surto se não usassem a droga? Quer dizer, a afirmação "10% dos adolescentes que usam maconha desenvolvem, eventualmente, um surto psicótico" não exclui que uma porcentagem dos adolescentes surta sem usar maconha – a adolescência e o início da idade adulta são a fase em que mais se desencadeaim psicopatologias.
Sacaram? Acho que dá pra ir ainda mais na jugular desse argumento do Laranjeiras, que é puro terrorismo sem bomba.
O segundo paragrafo trata disso amigo:
"Não pretendemos levar em conta a predisposição, já que esse fator de certa forma foge do raciocínio de que a causa vem da substancia; ou seja, as pesquisas não consideram fatores genéticos, comportamentais (traumáticos) e o consumo de outras substancias licitas e ilicitas (alcool, nicotina, cafeina etc). Isso pode ser entendido como uma falha, intencional ou não, vamos dar continuidade na mesma falha propositalmente."
Acredito ser esse, um dos golpes fatais do texto.
^Como no filme 'Matou a família e foi ao cinema"...A vida do cara era um inferno dentro de casa, não tinha paz nem pra tomar um café (galera, é só um filme, claro que não apóio tirar vida de ninguém, só pra ilustrar o que entendi). Aí o cara matou a família inteira e saiu pra assistir à sessão. Trata-se de um comportamento de psicopata, porém, se por acaso o cara no enredo tivesse fumado um, os laranjeiras da vida se aproveitariam do fato pra dizer que a culpa foi da maconha, desconsiderando toda a tortura durante uma vida inteira sofrida pelo assassino. Os bagaços da vida prontamente estabeleceriam relação de causa e efeito, não consideraria apenas uma circunstância irrelevante o fato de ter consumido, dentro de todo um contexto de total desarmonia, desamor. Acho que é mais ou menos isso.
LEGALIZA JA!TA DEMORANDO !
Não existe prova alguma que a planta é a causa do problema, e nunca vai existir, as pesquisas dele são falsas, e "Lotadas" de controvérsias.
muito bom, esse Dr laranjeira eh um inutil q não serve pra nada a nao ser fazer polemicas !
Dr. porque colírio tira a um pouco da brisa?
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